sexta-feira, 29 de março de 2013

Curiosidades sobre Tocantins (parte 3)




       Em tocantins, os habitantes contam várias lendas e folclores. Uma dessas lendas é Boiúna.


A BOIÚNA
 
Contam que uma moça, ficou grávida escondeu a gravidez de seus familiares. No dia do parto, quando estava sentindo dores, disse aos pais que iria lavar roupa no Pirucaba (embaixo da ponte do Rio Itacaiúnas). Chegando lá, teve a criança e jogou-a no rio. A menina não morreu. Encantada, transformou-se numa cobra enorme. Após muito tempo uma cobra enorme, a Boiúna, costumava aparecer aos pescadores em seus sonhos em forma de uma bela moça. E ela contava a sua triste história: Havia transformado-se em uma cobra e que para desencantá-la era necessário que despejassem leite materno em sua boca e também deveriam cortar um pedaço de seu rabo e assim o encantamento terminaria. Mas ela nunca foi desencantada, pois quando algum pescador se propunha a tal façanha, vinha aquele banzeiro enorme ou mesmo quando viam a Boiúna, corriam com medo e nem se lembravam de que ao desencantar a Boiúna se tornariam ricos para o resto de suas vidas. E pescadores afirmam que na época da construção da Ponte do rio Tocantins ela também já aparecerá várias vezes. Dizem que até hoje a Boiúna mora no poção do inflamável. A população temia a tal ponto a Boiúna que os pescadores só atravessavam o rio quando estavam seguros de que a mesma não estava por ali.
"A Boiúna é uma coisa medonha. Quando ela aparece, ela vem arrastando tudo para levar pro fundo do rio", disse um popular.
Algumas pessoas afirmam que na enchente de 1957, ela foi vista com metade do corpo no rio Tocantins e outra no pedral da ponte do Itacaiúnas.

                          Outra lenda também muito falada é a do Negro d' água.

                           Negro d'água

Diz a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água habita diversos rios tais como o rio Tocantins, Rio Grande e o rio São Francisco onde possui um monumento do escultor juazeirense Ledo Ivo Gomes de Oliveira, obra com mais de doze metros de altura e que foi construída dentro do leito do rio São Francisco, em sua homenagem, na cidade de Juazeiro (Bahia).
Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se lhe recusarem dar um peixe.
Em alguns locais do Brasil, ainda existem pescadores que, ao sair para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a atiram para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada.
Esta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas, principalmente na Região Norte do Brasil, muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto.
Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio.
Não se há evidências de como surgiu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc.
Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.

                               Pirarucu
Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no Sudoeste da Amazonia. Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo.
Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhuma motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses.
Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhase seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucú, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia.
O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprêzo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré, acertou o coracão do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.
Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.
                                

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